Foto: Lucas Abreu
De grande atleta para treinador: é assim que resume a história de vasta experiência e conquistas de Roberto Santos de Andrade, 39 anos, técnico do time de basquete do Fortaleza. Betinho, como é conhecido, tem a carreira marcada como jogador do Leão no começo dos anos 2000, ganhos de títulos e experiências em times e colégios da capital.
"Comecei a jogar futsal entre 12 e 13 anos. Meu irmão já jogava basquete e eu ficava esperando acabar o treino dele. Comecei a gostar e fui para a escolinha. Fiz parte da seleção da minha escola e no mesmo ano joguei em um clube. Assim, já estava apaixonado pelo basquete e deixei o futsal. Atuei em times, como Náutico, BNB e Ideal", conta Betinho o começo da sua caminhada no esporte.
O ala-pivô do Leão
Com 17 para 18 anos, o Fortaleza Basquete retornou às atividades após um tempo de paralisação e Roberto foi convidado para ser jogador da equipe pelo ex-técnico Campainha, um grande vitorioso do Leão nas quadras. Em 2000, conquistou o primeiro Cearense e um ano depois conseguiu o bicampeonato. “Logo vencemos a Copa do Nordeste e fomos jogar a Copa Brasil. Infelizmente, não conseguimos a classificação para atuar na Liga Nacional, que hoje é o NBB, mas tive grandes títulos e fases pelo Fortaleza como atleta”, exalta o treinador, que era o ala-pivô do Tricolor na época.
De atleta vitorioso para grande treinador
A passagem para se tornar técnico aconteceu após ter uma lesão um pouco grave no tornozelo e, por isso, teve que dar uma parada nas quadras. “Neste tempo, eu fui convidado a ser auxiliar do Campainha, ajudando-o na parte de scout e estatísticas. Quando retornei, ele me fez o convite para assumir as categorias de base do Fortaleza. O professor tinha montado esse projeto e para trabalhar com ele em um colégio. Nessa época, já estava iniciando a faculdade de educação física, assim, já tinha em mente o que eu queria ser: era seguir dentro do esporte, principalmente no basquete”, relembra Betinho.
A caminhada como treinador começou promissora em colégios da capital e já são 15 anos exercendo a função. Roberto de Andrade também ganhou títulos no Sub-12 e infantil da Federação Cearense de Esportes, além de conquistar o Campeonato Brasileiro Escolar em 2015 e ser vice da mesma competição um ano depois. São os triunfos mais marcantes para o professor neste período.
Em clubes, consolidou a carreira no Náutico, onde foi campeão cearense da segunda divisão, e no KLG, onde também conquistou o estadual e foi o time que fez a parceria com o Fortaleza no ano passado. Então, Betinho se tornou treinador do Leão, time do coração. “Sem dúvidas no adulto, o troféu mais importante pra mim foi o título de campeão Cearense em 2019. Trabalhar na equipe que a gente ama tudo fica mais fácil e gostoso. Então, eu tenho um carinho enorme por essa conquista. Já tinha sido campeão como atleta e minha primeira taça como técnico nunca esquecerei”.
Sonhos e planos pós-pandemia
Estar à frente do time do Fortaleza é uma grande responsabilidade, segundo Betinho, que sonha conquistar mais taças e medalhas pelo Tricolor. "É muito importante para mim ser técnico do Fortaleza, por ser um clube gigante do Nordeste. Fomos campeões pelo Cearense ano passado e a gente tenta colocar o clube sempre no lugar que merece. Então, sonho colocar o Leão em grandes pódios daqui pra frente".
Neste período de pandemia, os atletas estão treinando em casa de forma online com atividades passadas pelo preparador físico do time. A ansiedade de retornar aos treinos presenciais fica por conta da liberação do protocolo da Federação Cearense de Basquete (FCB) e do Governo do Estado. “Ainda pretendemos jogar o Campeonato Cearense neste ano e acredito que a Copa do Nordeste, que possa não acontecer. Porém, a nossa intenção é que possamos jogar o Nordestão e classificarmos para o Campeonato Brasileiro de Clubes”, explica Betinho.