Arena Castelão, um domingo de jogo do Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro. Algumas crianças carregam isopores com a descrição “Vende Dindin”. A cada pessoa que passa, elas abordam: “Moço, compra um dindin para ajudar, para eu voltar para casa. Compra um dindin para me ajudar?” Dentro de cada isopor não há dindin, mas mensagens supostamente escritas pelas crianças, com dizeres como “Eu çó cei trabalha. Mi incina ota coisa?” Ao pegar as mensagens, as pessoas percebem que no verso dela tudo se trata de uma ação contra o trabalho infantil.

— Fortaleza fez seu papel social ao jogar luz sobre um tema tão necessário, que é combater o trabalho infantil no Brasil. Infelizmente ver uma criança com isopor vendendo dindin não surpreendem as pessoas abordadas na ação, mas ao abrir o isopor, a mensagem da criança impacta imediatamente quem chega para supostamente ajudar. Fomos até surpreendidos com uma fiscalização do Juizado da Infância e da Juventude, que abrilhantou ainda mais a ação – explicou o Diretor de Marketing e Comunicação do Fortaleza, Marcel Pinheiro.

A peça institucional foi divulgada nas redes sociais do clube, e obteve repercussão extremamente positiva entre os torcedores, além de um excelente acolhimento do órgão oficial durante a ação.

Mês de Conscientização Contra o Trabalho Infantil

Considerado o Mês de Conscientização Contra o Trabalho Infantil, junho foi marcado por várias ações de órgãos oficiais a despeito do tema. E o Fortaleza Esporte Clube também fez sua parte, produzindo uma ação durante um jogo do Leão, no último dia 30 de junho, na Arena Castelão, publicada nas redes sociais do clube.

O que é considerado trabalho infantil?

O termo “trabalho infantil” é definido como o trabalho que priva as crianças de sua infância, potencial e dignidade. Ele é diretamente prejudicial ao seu desenvolvimento físico e mental, podendo interferir em seu aprendizado; Privar as crianças de frequentarem a escola ou obrigá-las a abandonar os estudos prematuramente. É considerado trabalho infantil aquele realizado por crianças e adolescentes com idade inferior a permitida, para admissão ao emprego (16 anos). Para denunciar, Disque 100.