O Fortaleza Esporte Clube iniciou, desde do mês de março, a implementação do Departamento de Inteligência nas categorias de base. Composto por uma equipe de quatro profissionais, o objetivo do novo setor é trabalhar a dimensão humana, análise mercadológica e análise de desempenho dos atletas.
A criação do departamento de inteligência surge para fazer uma análise individual e coletiva dos jogadores, de forma de controlar informações para serem usadas em prol do momento presente e futuro do clube, apostando no desempenho, comportamento social e mercadológico do atleta. Esse processo é executado em grandes clubes do futebol brasileiro e mundial. Assim, chega também para aperfeiçoar o trabalho com os elencos, jogos, treinos e comissões técnicas das categorias de base do Leão do Pici.
Como funciona
Dessa forma, além do fator social, o novo departamento vai trabalhar em dois fatores: análise de desempenho e análise de mercado. O gerente do departamento de inteligência, Erison Matias, explica como vai funcionar o novo setor.
“Cada um desses braços vai ter seus pilares. Vou citar alguns exemplos, na análise de desempenho temos análise de todos os processos de treino e jogos de adversários. É uma central de informações. Na parte de análise mercadológica, falamos do mercado mundial, não só do mercado local, lógico que temos um cuidado especial para cuidar do nosso quintal, na parte regional. Então, dentro da análise de desempenho, nós temos uma preocupação muito grande em saber como esse atleta chegou e ficar aferindo o tempo inteiro o desempenho dele, se há crescimento, se não há e o porquê. Isso é o gerenciamento dos processos. Falando um pouco da análise mercadológica, tentamos implantar algo relacionado a questão dos atletas para fazermos um estudo do micro e do macro ambiente para entendermos como está funcionando o nosso mercado interno. (...) Assim, a análise de desempenho junto com a análise mercadológica vão nos passar o KPI’s, que são as chaves de performance. Com esses indicadores, a nossa expectativa é que a margem de erro em relação a nossa questão de análise tanto interna quanto externa diminua”, falou o gerente.
Objetivos
O diretor executivo das categorias de base tricolor, Agnello Gonçalves, traçou os objetivos do novo departamento. “O departamento de inteligência direcionado ao braço de análise de desempenho nos traz uma possibilidade de correção. Correção individual para que possamos, através dessa inteligência, passar informações pontuais para cada setor do campo, para cada atleta no individual e trazer os números do jogo coletivo para que possamos detectar onde a equipe está indo bem e mal. Nos dar subsídios para a comissão técnica esmiuçar o que aconteceu de fato nos jogos, nos treinos e como podemos melhorar os processos de ensino, aprendizagem e transferência no jogo”, disse o gestor.
“Analisar o jogo de uma maneira mais quantitativa e qualitativa. Por outro lado, na parte da análise de mercado, é focar em captação, captar jogadores mais preparados. Ficar atento às oportunidades de mercado, ficar acompanhando a evolução dos jogadores no dia a dia e nos jogos. É tentar fazer uma análise que a gente chama pontos fortes e dos pontos fracos dos jogadores. E o que que eles precisam melhorar e esses atletas melhorando, quanto que eles podem valer a nível de mercado? E no cruzamento desses dois braços, análise de desempenho e análise de mercado é o que dá o produto final. Cruzamos esses dois departamentos para tomar uma decisão única. É justamente capacitar os jogadores para que possam chegar à equipe profissional em plenas condições de performar e de entregar um retorno técnico futuramente econômico também, que acho que é isso que faz com que o clube se torne sustentável”, finalizou.
Equipe do Departamento de Inteligência
Erisson Matias: gerente do departamento de inteligência
Douglas Barbosa: analista de desempenho
Munir Dargham: especialista em comunicação de cruzamento de dados
Derson Silva: analista de mercado.
De olho no futuro tricolor
Com a implementação do departamento de inteligência, uma das metas é aperfeiçoar os atletas da base para chegarem bem preparados e darem frutos na equipe profissional. Agnello Gonçalves exalta o entrosamento do departamento de formação com o do time principal.
“O nosso foco é ofertar jogadores para a equipe principal. A nível de Brasil, é um número restrito. E o nosso trabalho é tentar dinâmicas para que cada vez mais os o departamento de futebol profissional ou a equipe principal possa ter acesso às informações. Qual é a dinâmica que estamos criando? Relatórios contínuos, processo de fazer um corte de imagens com os melhores momentos de cada jogo para que o técnico da equipe principal, no caso o Enderson Moreira, possa ter acesso a esse vídeo muito brevemente do que foi o jogo das categorias 17 e 20. Isso na minha opinião acaba tendo uma integração. A receptividade do profissional tem sido a melhor possível, a relação tem sido a melhor possível, desde do diretor executivo Sérgio Papellin, do diretor de futebol Alex Santiago, do assessor do presidente Daniel de Paula e do presidente Marcelo Paz”, finalizou o diretor.