Em homenagem ao Dia das Mães, as atletas Elizete, do futebol feminino, Vanessa, do time de handebol e Reginalda, do basquete em cadeira de rodas, contaram histórias com seus filhos em forma de inspiração nesta data especial. As atletas passaram a experiência de ser mãe e, ao mesmo tempo, tem uma vida em campo e nas quadras. Dois papeis que envolvem muita paixão e dedicação.
Elizete e Álvaro
A artilheira das Leoas, Elizete, começou a ser mãe quando se envolveu com a sua companheira, que tem o Álvaro Valetin, de 14 anos. A atacante criou um laço de afeto, amor e consideração pelo garoto quando ele tinha quatro anos e desde então cuida e o ama como se fosse seu próprio filho. “Ele sempre me acompanha e me dar a maior força”, conta a atleta sobre o menino que vai para as arquibancadas torcer pelo time masculino, mas também por ela nos jogos das Leoas.
Determinação, garra, ensino, aprendizados e muito amor são alguns dos sentimentos que uma mãe carrega. Desses que também uma atleta sente pelo esporte. “É bem similar, o que pode mudar, claro, é que essa tarefa de ser mãe é única. Não dar para falhar. É uma vida sobre sua responsabilidade, então eu me cobro para fazer o melhor por ele sempre”.
Com muito amor e ensinamento, Álvaro aprendeu a torcer e gritar pelo Leão desde quando tinha três anos de idade, contrariando o restante da família. “Quando entrei na vida dele nos ligamos total e vestimos a camisa tricolor. Vamos ao estádio e vibramos muito. Ele ama!”.
Vanessa e Heitor
Vanessa, atleta do handebol feminino do Fortaleza, vai passar o primeiro Dia das Mães sendo mamãe do Heitor Kevyn, que vai fazer 11 meses nesta segunda-feira (11). Quando o teve, a jogadora mudou completamente sua rotina de atleta e tentou conciliar os dois papeis. “A minha rotina de treinos teve uma adaptação, passei a frequentar em semanas alternadas por conta que o pai dele trabalha viajando e não tinha como ficar com ele. Quando estava aqui, levava o Heitor aos treinos e eu saía no meio do treinamento para amamentá-lo”.
Para Vanessa, ser atleta ajudou também a ser mãe. “Tanto na gestação, que foi super tranquila, na recuperação foi fundamental, onde tive parto cesárea e com 50 dias já estava em quadra. E a dedicação, aos cuidados e a força de vontade de não falhar com a criação se assemelham muito sendo mãe e sendo atleta”.
O Heitor, mesmo com pouca idade, já é super torcedor do Tricolor de Aço e de sua mãe, sendo incentivado ao esporte. “Levo ele aos meus jogos, mostro o símbolo do Fortaleza beijando e adora, compro blusa, mando personalizar acessórios e tudo que tem algo do clube para ele usar”.
Reginalda e seus quatro ‘filhos’
“Quando fiz a minha primeira cesta era como se ganhasse a capacidade de chegar em uma competição e quando ganhei minha primeira medalha era como se fosse um filho renascendo”, fala Reginalda emocionada que teve a Raquel quando tinha 19 anos. Deficiente, ela nunca desistiu de ser uma boa atleta no basquete em cadeiras de rodas e de ser uma boa mãe tanto para a sua filha de sangue quanto para o enteado Vanderberg. O neto e o genro também são considerados seus filhos de coração.
Com 10 anos de carreira no basquete em cadeiras de rodas com muitas dificuldades e batalhas, Reginalda dedica todas as medalhas a família, principalmente à Raquel. “A minha primeira medalha me deu a sensação de quando eu tive a minha filha, de pegá-la pela primeira vez. Cada batalha, luta e dificuldade foram também no esporte. Sempre quis que minha filha tivesse orgulho de mim, então as minhas medalhas sempre a dediquei e que ela também tivesse a minha determinação”.
A atleta deixa uma mensagem final para todas as mamães tricolores e exalta o esporte como mudança de vida. “O esporte resgata vidas, como resgatou a minha com a minha deficiência. E com o apoio do Fortaleza melhorou mais ainda. Então, digo para todas mães tricolores que sou feliz como mãe e como atleta. Sou muito grata a Deus e que Ele abençoe todas vocês”.