Foto: Arquivo pessoal
“Tiveram muitos, mas acho que o principal foi quando chegou a proposta do Fortaleza”, conta Igor Torres da Silva, do sub-20 tricolor, sobre o momento mais marcante para ele na carreira. O atacante de 20 anos conta um pouco da sua história, trajetória no futebol, como está sua quarentena e demonstra muito amor pela família. Apesar de não ter estreado ainda em jogos oficiais pelo Leão, o paulista exalta o clube e traça sonho em ser campeão brasileiro.
Trajetória humilde e de determinação
“Sou de um bairro bem humilde da cidade de São Paulo, chamado Capão Redondo. Aqui a possibilidade de ir para o caminho errado é maior do que de ser alguém na vida. Portanto, quando percebi que tinha facilidade com a minha melhor amiga, a bola, me entreguei 100% sem pensar em plano B”, relembra o atacante.
O atleta tem passagem pelo Santarritense/MG, Atlético/GO e Taboão da Serra/SP, além de ter jogado futsal no São Paulo, onde foi campeão estadual. “Comecei a jogar aos seis anos de idade no campinho de barro perto da casa dos meus pais treinando com o professor Zé. Serei eternamente grato a ele por tudo o que me ensinou”.
O caminho para o Leão
O garoto de 20 anos chegou ao Fortaleza em fevereiro deste ano. “Após fazer uma bela Copa São Paulo de Futebol Júnior com o Taboão da Serra, surgiram algumas propostas. A torcida do Leão sempre chamou muito a minha atenção, o carinho sincero que todos tem por esse gigante clube é impressionante, mas o professor Rogério sempre mostrou que gosta de trabalhar com a base, isso foi fundamental para minha ida”.
Quando recebeu a proposta do Tricolor do Pici conversou com a família e se emocionou. “Eu sentei com meus pais e meu irmão disse: ‘valeu a pena trocar a infância pelo meu sonho’. Foi um chorôrô danado”, ri Igor lembrando da conversa.
Quarentena
“Eu fico bastante tempo com minhas sobrinhas, faço curso de inglês e assisto muito vídeos de atacantes para ter uma carta na manga em momentos que é necessário improvisar no campo”.
Sonho, ansiedade em voltar a jogar e amor pela mãe
Igor já jogou Copa Paulista, Copinha e Campeonato Goiano. Pelo Fortaleza, atuou em dois amistosos, marcou três gols e sonha em ser campeão brasileiro. “A ansiedade para voltar a jogar está grande, quero fazer o que mais gosto, que é comemorar gols, isso é o que me faz feliz. Mas no momento o que eu mais quero é que saia a vacina da COVID-19 para poder dormir bem sabendo que minha mãe está livre disso, que não precisa mais viver com medo”.