Oi, professor! Vim contar um pouco da minha história com o Fortaleza e como você se tornou a história do clube do meu coração.
Torço Fortaleza desde criança. Meus pais me levavam pro antigo Pici, quando ainda tinha arquibancadas, para ver os treinos abertos ali no final dos anos 90 para o começo dos anos 2000. Via muito meu Tricolor jogar pela TV, ia pouco aos jogos. Mas quando fui crescendo, fui frequentando mais o estádio na companhia do meu pai.
O tempo foi passando e comemorei muitos gols, títulos estaduais, até os mais improváveis, mas também sofri muito com a Série C. Vi também meu Leão ficar sem calendário de jogos quando chegava setembro. Chorei em todos esses anos de sofrimento, a cada bola na trave e a cada 'quase'. Um sofrimento que parecia não ter fim, mas aprendi no final de 2017 que nem toda dor é pra sempre.
Fomos Campeões Brasileiros, conquistamos o Nordeste e atuamos em uma competição internacional pela primeira vez. Vi muitos técnicos na beira do gramado, mas eu nunca tinha visto um treinador, muito menos por ser argentino, acreditar tanto no meu Fortaleza.
Tudo começou quando você aceitou morar longe da família para treinar um clube do Nordeste do Brasil, região em que por vezes é tida por menosprezo de muitos. E nem o torcedor mais otimista acreditou nessa Instituição como você vai continuar acreditando.
Acreditou no G4 do Brasileirão e em levar o Tricolor pela primeira vez à disputa da Taça Libertadores, competição que eu assistia na TV, e nunca imaginei o Fortaleza jogando. Que noite aquela no dia 3 de dezembro de 2021 com gol do Depietri e as incontáveis noites mágicas que você nos proporcionou em competições internacionais. Fora do país ou na nossa casa, o Fortaleza não foi diminuído por causa da sua insistência, da sua inteligência e da sua motivação na beira do gramado.
Acreditou em derrotar grandes adversários do futebol brasileiro e jogar de igual para igual contra times tradicionais da América do Sul. Também quebrou tabus e desafiou a imprensa ao exaltar o Leão em todos os canais. Quantas vezes eu li “Fortaleza faz história…” e “Fortaleza quebra o tabu após vencer…”? Perdi as contas, professor.
Acreditou nos momentos mais difíceis na Série A, na final inédita da Sulamericana e a chegar um pouco mais longe na Copa do Brasil. Também acreditou que poderíamos conseguir o tão sonhado Penta e representar tão bem o estado. Tudo isso faz o Fortaleza ser um gigante, e só podia ter à frente um líder grandioso como você.
A cada marca histórica que vejo e presencio, o seu nome está lá, junto com o Fortaleza. Não apenas o seu nome, mas a sua vibração, emoção nos olhos lacrimejados, o seu sentimento em vestir essa camisa e a sua gratidão por mais uma grande festa da torcida. Professor, você me ensina a ser a versão mais bonita de torcer: acreditar nos seus jogadores e no trabalho até o último segundo de cada partida.
Para além do futebol, sua humanidade e sua gentileza fazem o nosso clube evoluir e crescer cada vez mais. Para além de tudo, você é único. Abdicar de astronômicos salários e treinar outras grandes equipes. Nesses 1000 dias com você no comando, o significado de fidelidade ganhou um sentido a mais nesse esporte.
Professor, obrigada por escolher estar aqui, amar esse clube, transmitir o Fortaleza para a sua família e ter entendido tão rápido o que é o Fortaleza na sua profissão. Obrigada por estender esse vínculo e por acreditar nos próximos capítulos dessa linda história que juntos vamos continuar escrevendo. Nos maus e bons momentos, obrigada por sempre acreditar no Fortaleza Esporte Clube.
✍️ De uma torcedora apaixonada para o maior treinador da história do meu Fortaleza